terça-feira, 12 de junho de 2012

O sucesso das Novelas Da Rede Globo

Tem gente fazendo uma grande festa e rindo a  tua em frente dos Rebeldes,dos jornais,das Mascaras e nada consegue parar a A Rede Globo está Feliz. Está prestes a estrear o remake de "Gabriela" às 23h --- que  vem apresentando chamadas animadoras --- e a audiência de "Amor Eterno Amor" está satisfatória (embora longe de ter a repercussão de "A Vida da Gente"). A re-reprise de "Chocolate com Pimenta" no "Vale a Pena Ver de Novo" conseguiu manter os bons índices que "Mulheres de Areia" e "O Clone" obtiveram no horário. Mas a principal razão para tanta alegria é o imenso sucesso que "Cheias de Charme" e "Avenida Brasil" vêm fazendo.


A super novela que salvou o horário das 19:00 hs A novela Cheias de Charme é uma das melhores dos últimos tempos do horário das sete e se mostrou um grande acerto dos estreantes Isabel de Oliveira e Filipe Miguez. Os autores foram muito felizes quando resolveram juntar música e teledramaturgia. A saga das empreguetes, que ficaram famosas graças ao clipe que teve mais de oito milhões de acessos, misturando ficção e realidade, é acompanhada com euforia pelo público. É difícil encontrar alguém que não saiba cantar a música do trio do início ao fim ("...levo vida de empreguete eu pego às sete..."). O bom ritmo dos capítulos ajuda a manter o interesse por esta criativa história e a atuação do elenco feminino é de encher os olhos. Penha (Taís Araújo), Rosário (Leandra Leal), Cida (Isabelle Drumond), Chayene (Claudia Abreu), Socorro (Titina Medeiros) e tantos outros talentos vêm divertindo e entretendo a todos com os dramas e conflitos de suas personagens. Pena que parte do elenco masculino deixe a desejar, mas nada que comprometa ou prejudique a obra.

Em breve uma nova música será lançada e tem tudo para fazer o mesmo sucesso que "Vida de Empreguete". Em contrapartida, a vilã 
nada discreta Chayene já se prepara para atrapalhar as 'curica', como a divertida personagem costuma chamar as, agora, rivais. Ou seja, a trama cômica das sete ainda tem muita história pra contar.

Já "Avenida Brasil" continua prendendo e deixando o telespectador sem fôlego diante de tantos acontecimentos e cenas fortes. João Emanuel Carneiro vem apresentando constantes viradas em sua trama, e há a sensação de que a novela está próxima do seu término, mas, para a alegria de todos, o fim só chegará em outubro. A vingança da mocinha (?) e as encrencas em que a vilã vem se metendo continuam fixando o telespectador diante da televisão. Deixando a tensão de lado, há a Suelen (Isis Valverde) com seus trambiques e seus relacionamentos nada discretos, além das implicâncias que sofre de Roni (Daniel Rocha); e  as divertidas relações entre Adauto (Juliano Cazarré) e Muricy (Eliane Giardini) e Leleco (Marcos Caruso) e Tessália (Débora Nascimento). Agora ainda entrou uma nova personagem: Soninha Catatau (Paula Burlamaqui), uma evangélica, ex-atriz pornô, e ex-mulher de Diógenes (Otávio Augusto), mãe de Roni. Como se nota, o que não falta é movimentação na atual novela das nove.

Se no capítulo de quinta-feira vimos Jorginho (Cauã Reymond) ofendendo publicamente sua mãe após descobrir que é seu filho de sangue e também a derrocada de Cadinho (Alexandre Borges), nas demais sequências, o telespectador presenciou desdobramentos que iam deixando a história ainda mais interessante, recheada de cenas bem produzidas e interpretadas. Fica difícil destacar alguma, mas o desespero da Carminha (Adriana Esteves); a dissimulação de Nina (Débora Falabella); o baque de Tufão (Murilo Benício);  as brigas divertidas entre Alexia (Carolina Ferraz), Noêmia (Camila Morgado) e Verônica (Debora Bloch); o medo de Max (Marcello Novaes) e a desconfiança de Ivana (Letícia Isnard) foram cenas dignas de muitos elogios. É importante também ressaltar a grande atuação de Murilo e Adriana no momento em que Tufão confronta Carminha e a vilã chora copiosamente ao relembrar de seu passado, ainda bem duvidoso. Os atores mostraram o significado da palavra talento.

Embora tenham uma clara preferência pela tão falada classe C, "Cheias de Charme" e "Avenida Brasil"  provaram que novela boa agrada a todas às classes e a todos os públicos. E não é por acaso que as duas tramas são constantemente elogiadas pela crítica especializada. Embora não se tenha receita para o sucesso, com um texto bem escrito; direção inspirada e cuidadosa; cenários caprichados; um elenco bem escalado em sua maioria; bom ritmo e vários acontecimentos; além de  personagens cativantes, as chances de uma trama não dar certo são ínfimas. As atuais novelas das sete e das nove estão aí para confirmar isto.

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